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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Exames Pré-Natal - 1º Trimestre



O pré-natal é a assistência que se dá à mulher a partir do momento em que ela engravida. Além de dar uma assistência emocional a futura mamãe e tirar todas as dúvidas, o pré-natal busca, através de exames, tanto prevenir como diagnosticar problemas com gestante e/ou com o bebê durante toda a gestação. Geralmente os médicos pedem os seguintes exames no primeiro trimestre de gestação:

  •  Tipagem de sangue Rh

Seu médico precisa saber qual o seu tipo sanguíneo para o caso de você precisar de uma transfusão durante a gravidez ou o parto. Também será testado o fator Rh (rhesus) de seu sangue. Isso é importante por causa de uma condição da gestação chamada incompatibilidade de Rh.
Se a mãe é Rh negativo e o bebê é Rh positivo, o organismo da mãe pode desenvolver anticorpos contra o sangue do bebê quando os dois sangues se misturam – por exemplo, durante o parto. Embora seja pouco comum haver problemas em uma primeira gravidez, se na gestação subsequente o bebê também for Rh positivo, os anticorpos desenvolvidos no sangue da mãe podem atacar e destruir as células sanguíneas do bebê. Isso provoca uma doença hemolítica no recém-nascido, com complicações que vão da icterícia a uma anemia severa.
Felizmente, tais problemas são raros. Mães com fator Rh negativo tomam injeções de Rh imunoglobulina (anti-D) entre a 28ª e 34ª semanas, bem como depois do parto. Essa injeção é segura e previne que a mãe desenvolva anticorpos que possam cruzar a placenta e atacar as hemácias o bebê. Anti-D também pode ser prescrito se a mãe tem sangramento vaginal depois da 12ª semana de gestação e depois do exame de vilo coriônico, amniocentese ou versão externa. Uma mulher que é Rh negativo deve receber as injeções, a menos que ela tenha certeza de que o pai é Rh negativo também – nesse caso, o bebê também será Rh negativo.

  • Hemograma

Esse exame verifica os níveis de cada tipo de célula do sangue: hemoglobina, leucócitos e plaquetas. O nível de hemoglobina é particularmente importante, já que taxas reduzidas são indicativas de anemia.
Mais para o final da gestação, algumas mulheres experimentam uma queda no número de plaquetas, o que pode afetar os mecanismos de coagulação, colocando a gestante em alto risco de hemorragia durante o parto. Uma baixa contagem de plaquetas também pode impedir o uso de anestesia peridural. Por isso, a quantidade de plaquetas no sangue deve ser checada no início da gravidez e pelo menos uma vez mais durante as últimas semanas de gestação. Se sua contagem for baixa, seu médico vai monitorar seus níveis cuidadosamente.
Gestantes normalmente têm altos níveis de leucócitos (glóbulos brancos), mas uma contagem exageradamente alta pode indicar infecção, o que deve levar o médico a ficar atento, por exemplo, se houver ruptura da bolsa.

  • Pesquisa de Rubéola

A maioria das mulheres é imunizada para esse vírus, tanto por ter tido rubéola quando criança ou devido à vacinação prévia.
Se você não está imunizada e teve contato alguém que tem ou suspeita ter a doença, avise seu médico imediatamente, pois a infecção pode trazer graves complicações.

  • Pesquisa de Sífilis

Embora a sífilis seja pouco comum hoje em dia, ainda há uma possibilidade de você ter sido infectada no passado, sem saber, e nunca ter apresentado qualquer sintoma. Daí por que é rotina pedir-se um exame de sangue para sífilis durante a gestação.
O microrganismo que causa a sífilis pode ser transmitido para o bebê a partir do início da gravidez e provocar malformações faciais e retardo mental.
Felizmente, uma vez identificada, a sífilis pode ser tratada com antibióticos – geralmente penicilina – logo no início da gravidez, impedindo que seu bebê seja afetado e também curando você da doença.

  • Pesquisa de HIV

Em muitos países, o teste de HIV para gestante é rotina, já que a mulher pode estar infectada sem saber. Hoje, há muitas maneiras de prevenir que o vírus seja transmitido para o feto e as possibilidades para os bebês, filhos de mães soropositivas, são melhores do que nunca.

  • Pesquisa de Hepatite

Como rotina, seu sangue vai ser analisado para hepatite B em sua primeira consulta pré-natal. Causada por um vírus, essa infecção do fígado é geralmente transmitida pelo sangue – bastam apenas umas poucas gotas – e pelo sexo sem proteção com uma pessoa infectada. Cerca de 1% das mulheres nos Estados Unidos, 0,3% no Canadá e 2,2% na Austrália são portadoras do vírus da hepatite. No Brasil, a doença atinge de 2% a 7% da população, dependendo da região do país. Se você é portadora, o vírus pode infectar seu bebê na hora do parto. Para reduzir o risco de infecção do bebê, ele será vacinado imediatamente após o parto.
A hepatite C é uma doença viral que pode resultar em sérios danos para o fígado. Há um risco pequeno de que o vírus seja transmitido para o bebê se você estiver infectada. Testes para hepatite C não são feitos como rotina do pré-natal. Se você acha que pode estar em risco, converse com seu médico para fazer o exame.
Se você estiver infectada, não deixe de contar ao seu médico para que o bebê possa ser examinado ao nascer.

  • Ultra-som Transvaginal

Serve para detectar o primeiro sinal de gestação, que é a presença de uma pequena bolha, o saco gestacional com 3 semanas após a fecundação, que equivale nas mulheres com ciclo menstrual regular, a uma semana a 10 dias de atraso menstrual.
Verifica se o embrião está bem implantado no útero; define com mais precisão o tempo de gestação e se ela é múltipla.

  • Pesquisa de Toxoplasmose

A toxoplasmose é uma doença causada pelo contato com fezes e urina de gatos. A contaminação frequentemente ocorre pela ingestão de carnes não bem cozidas que estão contaminadas pelo toxoplasma. A doença durante a gestação leva ao risco elevado de comprometimento fetal, podendo ocorrer: abortamento, crescimento intrauterino retardado (o feto cresce menos que o normal), morte fetal (morte após 10 semanas de gestação), prematuridade (nascimento antes de 37 semanas), retardo mental, hidrocefalia, lesões de pele, entre outros. É necessária a realização do exame de toxoplasmose, pois esta é uma infecção que tem tratamento durante a gestação, tanto para a mãe como para o bebê ainda dentro da barriga. O diagnóstico é feito por meio do exame de sangue, já que essa doença pode aparecer sem dar sintoma nenhum. Mulheres que já tiveram a doença não correm o risco de reinfecção na gestação. Somente mulheres imuno-suprimidas podem reativar a doença durante a gestação.

  • Cultura de urina

A cultura de urina serve para mostrar sinais de problemas de saúde como infecções no trato urinário. A importância desse exame é diagnosticar uma possível infecção de urina e assim evitar partos prematuros, dores abdominais, problemas de micção, diabetes e pré-eclampsia.
A urina tipo I faz uma análise qualitativa quanto ao numero de leucócitos, hemácias e bactérias. O número de leucócitos na urina deve ser menor que 3.000/ml e o número de hemácias menor que 1.000/ml. A infecção urinária é suspeitada quando há aumento do número de leucócitos na urina. O diagnóstico de certeza é dado por uma cultura de urina que demora cerca de 48 a 72 horas, onde a cultura é considerada positiva quando existe mais e 100.000 colônias de bactérias por mL.

  • Protoparasitológico de fezes

O exame protoparasitológico de fezes serve para detectar a presença de parasitas ou vermes nas fezes.
Esse exame torna-se importante na gravidez, pois a presença desses agentes nas fezes pode determinar distúrbios de absorção e anemia materna.

  • Ultra-som de alta resolução

O exame de ultra-som pode ser feito em qualquer momento da gravidez. Mas o comum é realizá-los logo no começo da gravidez, a fim de verificar sinais de problemas nos órgãos do bebê, presença de saco gestacional na cavidade uterina (verificando assim uma possível gravidez ectópica), o número de embriões, fazer a medição do embrião (particularmente a medida crânio-nadega, que permite datar a gestação com grande precisão), visualizar os batimentos cardíacos e, além disso, é possível através do ultra-som identificar o sexo do bebê.

  • Pesquisa de diabetes

A diabetes gestacional é a intercorrência mais frequente da gestação, sendo assim é de extrema importância a realização de exames para sua identificação. O jeito mais aceito na hora de identificar uma possível diabetes é através do Teste de Tolerância Simplificada de Glicose, onde a grávida, entre 24 a 28 semanas de gestação, toma 50 gramas de frutose e logo após 1 hora, colhe-se a sua glicemia.
Quando o resultado e maior ou igual a 140mg/dL o teste é considerado positivo. Mas apenas esse teste não é suficiente. Quando positivo, requer outro exame de confirmação, chamado de GTT de 3 horas, onde se colhe a glicemia de jejum, toma-se 100 gramas de glicose e colhe-se mais 3 uma vezes, 1 hora depois, 2 horas e 3 horas após a ingestão. O teste mostrará 4 valores de glicemia e se tiver 2 ou mais valores acima do limite de 140mg/dL, considera-se a presença de diabetes gestacional.



Bibliografia:


>> A Bíblia da Gravidez – Dr. Wladimir Taborda e Dra. Alice D. Deutsch


>> http://www.ebb.com.br/mostrar_dica.php?ref=681 

>> http://mulhersaude.wordpress.com/2009/05/09/toxoplasmose-e-gestacao/ 

>> http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?215 http://www.examesprenatal.com.br/

>> http://www.copacabanarunners.net/pre-natal-exames.html

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